sábado, 8 de fevereiro de 2014

Tivesse eu asas…


Vapores vagos vagueiam
na mente do meu sonho…
Meliantes do abandono
a que votaste o meu ser…

Sozinha sinto o saque
ao doce mel dos meus abraços
e já nem te ouço nos passos
que o baque do grito
viveu…

E eu…
percorro a planície profanada
nas curvas onde me perdi,
pois, longa é a empreitada
a que, triste, me rendi…

Com a água rasa nos olhos
rasgo as ruas e as estradas
no dilúvio em que aluí
sem sortes bafejadas…

Corro e corro sem rumo
ao sabor da dura bruma
tivesse eu vida…
tivesse eu asas…
na mente do meu sonho!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

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