segunda-feira, 29 de abril de 2024

 

Liberdade

 

Segreda o hálito a eucalipto

Ao luar do ventre lavado

Puro sol do oriente

Onde há um sabor amargo

 

Falta ainda o mel nos dedos

Adoçando os matizes

À moura ainda chorando

A sabedoria dos aprendizes

 

Renega as distâncias distantes

Mais o calor do campo

A vontade mais dominante

Num aconchego amplo

 

Rasga o mapa da mentira

Afunda a névoa nebulosa

A saudade, por vezes, expira

Conserva o cheiro da rosa

 

Sobra um cravo na lapela

Que a liberdade te deu

Vontade forte, tão bela

Como o amor que morreu

 

Felisbela Baião

29/04/2024

(imagem da net)