quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Porquê mãe?


Mãe? Diz-me porque sinto este mal-estar
Que me arranha as entranhas
De tal sorte que me sinto fraquejar?
De nada servem rezas e receitas estranhas
Pois, o meu pulso pequenino e debilitado
Não tem forças para te acariciar o rosto
E até o som do martelar do sino desenfreado
Aqui na igreja próxima, se torna tosco,
Perto desta vontade louca que tenho de…chorar!
Mãe…diz-me porque estão as imagens
Adormecidas nesse mar de lágrimas
Que vão e veem…como se fossem miragens
De um livro vão…como se não tivesse páginas?
Mãe…sorrio e bebo uma última vez o ar que respiras
Que eu tanto adoro…mas ele caminha a passos largos
Para longe de ti…e eu não sei onde repousas
Os teus olhos…que me enlaçam em ternura…vagos
Neste sono no qual não quero mergulhar!!
Mas a luz do descanso eterno muito me atrai
E eu sinto que não vou demorar
Sorriso breve…dentro do teu olhar que se esvai…
E num remar contra a corrente ficou escuro
Mãe…? E nada mais…
Rosa Alentejana
(imagem da net)

Sem comentários:

Enviar um comentário