Amanheces na cobiça
do meu devaneio
e voas-me nas asas
da utopia
o dia inteiro…
Segredas-me alquimias
com voz de madrugada
num sussurro preso ao dia
para me sentir tentada…
Meus olhos são, então,
moinhos de vento
aguardando a brisa
do teu respirar…
E nesta fome
bendita
de contentamento
perco até a razão
no meu levitar…
E sinto-te D. Quixote
lutando com os segredos
confusos e loucos da minha alma
para depois, afastando
os meus medos,
restabeleceres a calma
do meu respirar…
E levo-te
perfume
dos campos trigueiros
no lume que me cerca
quando vibra o ar
em teu redor…
E transformo-me em nuvem
caiada de sonhos
evado-me no espaço
só por um momento…
no teu olhar!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

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