sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sublimação


Não sei se a urgência se propagou
no capricho da pele, obediente,
ou se a fluência das palavras
jorrou
excessiva, no nicho do arfar,
diferente das peças
do puzzle
cansado de te inventar!

E esse líquido extravasante,
dourado resquício,
empertigado
no meu olhar felino,
é bruma delicada
nos degraus da escada
de amores-perfeitos
no teu ar ladino…

Asas de borboletas
tontas
a esvoaçar!

Tantas vezes me sento
na íris do teu abraço
que a fome de Alma
padece no sonho
atento,
onde desamarro o laço
do teu nome,
com a celeridade de ficar!

Então, cavalgo nas marés
indomadas
e ajeito o meu vestido
de amazona
junto ao espelho que idolatro
no teu olhar…

Apenas para que as palavras
defraudadas
não assumam o respirar
sem jeito
no carinho do desejar!

Apenas porque sublimas
os meus sentidos em matéria-prima
de beijos inquietos
e animas
os meus passos, saltitantes
de instantes mágicos,
na prece da pressa
que rezas
no toque suave
de amor por dar!
Rosa Alentejana

Apaixonadamente…


Neste céu azul, infinito e puro
Flutuo enlevada com a tua doçura
Esquecida do norte que procuro
Envolvida, enredada em tanta candura

Meus passos abandonaram a firmeza
Sentida, dantes, no meu chão
Sou rainha pujante de tanta riqueza
Que depuseste junto ao meu coração

Experimento ainda o enlevo da rosa
Regada e rendida ao teu carinho
Leio-o em tua face silenciosa
Proclamo-o aos céus em desalinho

Entrego-me à tua boca faceira,
Aos teus lábios ternos e quentes,
Acarinho a tua face trigueira,
E trago nossos devaneios inconsequentes…

Como uma abelha soberana danço
Nessa doçura mágica do teu mel e flores
Nem por um segundo eu descanso
Guardo as pétalas dos nossos amores

E a felicidade bendita e pura
Com que me enalteces eternamente
Guardo-a para sempre na minha ternura
E beijo-te…apaixonadamente!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Urgências

Hoje levantei o olhar para o mundo prometido,
pela janela aberta à tua pele,
ofertado no cálice obsceno das tuas palavras,
nesse sorriso constelado de profundo mel…

Hoje escutei o ruído que esse olhar faz no céu
e contive aquele suspiro murmurado, enternecido,
que me sufoca a garganta, segredado ao ouvido,
mas mudo, querendo emergir tão suave…meu!

Hoje alarmaram-se os lábios pelo perfume
de aromas cravados na epiderme, a doce pecado,
esvaídos nos dedos que se passeiam no teu lume
corroendo-me nesse vicio de ti… tão desejado!

Cercaram-me labaredas feitas de segundos
de onde a fuga não foi problema de expressão,
mas véus proibidos de sedas e veludos
em rosas carmim bordadas de tanta ilusão!

Hoje caíram-me aos pés os jardins bafejados
das palmas das tuas mãos, e gravei-te nu
no refúgio do calor dos almejados abraços
no mistério silenciado, urgente e cru...

Hoje perdi-me na ausência da paz que me roubaste,
num abrir de lábios que me insinuaste,
num abraço quente… e fiquei sem chão…
para me equilibrar na corda bamba do meu coração!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

domingo, 26 de janeiro de 2014

Túmulo de Dante

Com uma careta no rosto rosado
e contrafeito, penso as tuas palavras, a gosto
imposto de que me rodeio...
simples decisão tomada...
porque o que quero agora é tudo...
e nada...
na sombra do que é perfeito!
Ledo engano se me convertes
em carta aberta ao meu querer!
A verdade é que fedem palavras
para me entreter...
vejo dentro de mim o laço,
mas fora do que acho e procuro,
pois, no tempo de um abraço
senta-se o Verde e o Maduro...!
Ah! Fruto impuro e grotesco
que trinco em dentadas sadias,
hieróglifo, traço dantesco
que rumina as minhas Crias!
Afasta-te de mim Ó insano!
Mascara a cara de tintas recentes
pinta de Novo o túmulo mundano
com aquilo que achas e sentes!
Porque é meu o SOL de Luz e Cor
que quero, que me acolhe, que adoro
Numa palavra te peço...amor!
Amarra-me aos meus beijos porque choro!!
Mas não penses em mim com dó
porque o meu coração sobrevive
neste túmulo de ti…Faraó
Da felicidade que nunca tive!
Sonho…voltei a sonhar…
Pela Alma doce e ardente
que me toca e me tornou a encantar
neste tão doce presente!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O poder de mudar



És o sopro da festa
alada, inquieta e adiada
que te resta
na soleira da porta,
e sem sequer sorrir,
não se importa
e fica alheada, absorta
na sordidez do tempo
sofrendo
no triste lamento
do vento norte
que gela a alma e a sorte
de quem desespera…

E de que te serve
escutar o silêncio
vibrando nas folhas
das árvores,
rangendo nas calhas
enferrujadas,
e nas mãos perdidas
nos “nadas”,
enroscadas no vazio
sem brio no que virá?

És a carícia que sobra
num sopro inóspito e salgado
escondido no prazer adiado
que soluça sem querer…

Porque a míngua
não pode respirar
do fundo do poço quebrantado
pois, a queda a pique
é grito azarado
que não podes mais…
evitar!

Rasga este dia…
folha seca, e há muito,
amarrotada
de fantasia
por nascer…

Abre a janela
e deixa entrar…
o que vier
terá o poder de te…
mudar!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ébria de amor…


Sobrevoo a tua nuca
num sopro de nuvem
na curva da pele
da tua praia encantada
a chover no calor
da roupa molhada...

Bebo o perfume do teu corpo
sacaroso
de um trago só...
para não me deslizarem as gotas
num suspiro nervoso
de quem se esconde
nua
no sol...

Devoro o sabor do teu olhar
em estalidos de lareira ardente
quando o hálito a chocolate
quente
se infiltra nos sentidos
salivantes
do quarto
de lua crescente...

Ébria de amor evoco
a loucura
para me serenar,
porque perdi o molde
das asas de Ícaro
fantasiadas de liberdade
onde acabei...
por te inventar!

Rosa Alentejana

(imagem de mariajosepoesia.blogspot.com)

domingo, 19 de janeiro de 2014

Gotículas de amor


Esse teu nome que se espraia
entre a serra e o mar
humedece a minha boca
de cambraia carmim
inflama o segredo secreto
de não dormir
à sombra do palácio
do teu corpo
e derrama o vício
deste louco suplício
do perfume que tanto
quero conhecer…
Eleva-se no vão da espera
em espirais exaltadas
à potência máxima
que a solidão venera
e a sorte abafa
cada gole de incerteza
cada dentada de tristeza
cada inspiração que arde
a plenos pulmões…e
ainda incandescente nas brasas
voa…
para serenar nos meus olhos
onde ecoa…
e vibra em gotículas de amor!
Rosa Alentejana

Apenas mar


As minhas palavras medem o caminho que vai até ti…um mar salgado de carinho, coroado de ondas em desalinho.
Elas podem ter o som manso de lamber delicadamente a areia, ou o som picado de revolta no embater das rochas, furiosamente!
Mas cada vaga perde-se de amor por ti e pela tua pele morena…embebida em sol e calor!
Traço o meu caminho vezes sem fim no céu das constelações…mas o meu moliceiro conhece de cor as coordenadas de ti… ergo apenas o astrolábio da minha boca e verto a fonte de beijos que me entoas noite após noite nesse mar de emoções!
Apenas tu conheces o Norte destas arribas, como farol imponente e abençoado…apenas tu chegas ao meu porto…seguro e achado!

Rosa Alentejana
(imagem de roxanne70.wordpress.com )

sábado, 18 de janeiro de 2014

Rio de prazer

Aguardo desesperada
pelos trilhos do sol, posto nos teus olhos…
Porque a fímbria dos dias
escorre-me entre os dedos,
plantada em campos de nuvens,
como é apanágio do cansaço…
Carrego a ânsia na trouxa
acesa à beira da estrada
e aqueço-me na luz imponente
da vela periclitante
que me guia
entre a Alma, minha…
e o instante em que cintilo
nas tuas mãos!
Porque morro na morte da semente
da sede
que em mim brota sempre
que o silêncio é a melodia
certa
entre as nossas bocas
e o ventre…
É a coberta que apazigua
e une
a língua ao amanhecer
e a pressa que toca
nas docas do leito
do rio
do nosso prazer!

Rosa Alentejana
(imagem da net)


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pronto para voar!



Ah! poeta dos meus dias
que me envolves em palavras carentes
dos teus abraços
em cegas ousadias
de poesias que me acalmam…

Ah! poeta das minhas noites
que me provocas
em metáforas de desejos
mesclados de beijos sacrílegos…
desagua nos meus poros
a ternura das sílabas,
e maravilha-me
com a fartura do teu abusar…

Ah! poeta das minhas mãos
feitas de lua cheia
prenhas do teu olhar,
doce como ambrósia dos deuses…
entrega-me o teu versejar!

Ah! poeta do céu da minha boca
de mar bravio em fogo,
no oceano do teu mel,
faz do meu corpo barco
que eu prometo resistir
às ondas das investidas
do teu ondear…

Ah! poeta…escreve-me
na pele o calor que cantas…
quero-te aqui amante distante,
implícito no meu ser de prosa,
na partilha do alfabeto
pronto para voar!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Meu alento



Sinto-me tola por tantas vezes
te ter por perto
e tentar ignorar o tilintar
dos desejos no céu aberto
do meu olhar.

Sinto-te arrepiada neste relento
que te incute, por certo
essa vontade de abraçar
de sentir o calor e o ribombar (por perto)
do meu coração.

Calas-me a tempo
de acalmar o suspiro
que mordo a medo
quando a sorrir me rendo
tentando respirar…

Calo-te sem tento
com o beijo que te roubo e atiro
na tua boca a que me cedo
nesse delicioso enredo
onde me quero acabar

Confundes-me o tempo e o espaço
no abraço infinito
onde perco a hora
entre este ficar bendito
e a sede que me devora
nesse olhar...

Rosa Alentejana e Rodrigo Lamar
(imagem da net)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Rei-mor



Jorram-me palavras da fonte
onde te ergo Rei-mor
do meu amado amor

meu

reino de cor rubi
a montante
de mim...

Desaguo-as na tua boca,
doca do desejo
em capicua,
sorte em margem
do meu corpo
de lua
contornado
pelo teu
prazer…

São enchentes de loucura
pungentes de gemidos
sufocados

de gritos
que não têm cura,
apenas
brandura
no tato
de tanto te entender

Pendem das mãos
inertes, cansadas
e felizes
cascatas de carícias

e acolho as palavras
que dizes

agora
tuas

no caos
do verbo
que recolho e visto
na hora...

Rosa Alentejana

(imagem da net)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Fotografia


Encontraste-me ali…
Na esquina do teu ângulo de visão…
Tão perto da tua mão!

Seguiste o meu olhar
Que tentaste focar
Num zoom de distância
Com o desejo de te aproximar…

Sorri…

E dentro dessa exposição
De brilho e cor
Tentei deslizar…

Num arfar

Corou o meu rosto
Sem hipótese de nova resolução!

Aprofundaste a minha Alma
Tão cheia de solidão
Teimando em mudar
De ótica para melhor
Me alcançar!

E num impulso…num clic
Fez-se luz…
Disparou o flash do encanto

E no entanto…

O receio que seduz
Bailou-me nos olhos
A cirandar…

Restaram os silêncios
E jogos cromáticos
De cristal
Num tempo
Bifocal…

E nessa foto intemporal
Onde vagas
De bem e mal
Transbordam tantas vezes
O muro abissal…

Aguardo a tua objetiva
Que recolho
Envergonhada
Por ter as mãos
Cheias de nada!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Espelho embaciado



Gosto quando comprimes
as palavras num reflexo
de espelho embaciado
e suprimes o sentido
lato
numa carícia
onde abres o sussurro inventado!
É a loucura do palato
que saboreia o novo nexo
e encaixa o obsceno
na pureza do sagrado...
sorrio num sorriso doce
mordo o lábio em reverência
e desenho a saudade
de um dia te ver
refletido
no espelho embaciado!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

És mar…



Não me canso de olhar os teus olhos
como não me canso da água do mar
o mesmo efeito
nas borboletas do estômago
o mesmo sentir...que vou amarar...

Não me canso das tuas mãos
cobertas de vagas deslizantes
onde mareia o meu corpo
nesse desejo constante...

Não me canso da tua boca
meu embarque derradeiro
quando me deixas louca
no teu doce cruzeiro...

Não me canso do terno roçagar
da tua pele na minha,
qual onda suave,
ora elevando, ora cavando
este imenso e desenfreado querer
no nosso navegar à bolina...

Sou parte do teu oceano
vivo da tua maresia
os meus ímpetos são de solo alentejano
esculpido pela tua magia...

Rosa Alentejana
(imagem da net)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Conforto


És o meu láudano embriagante,
de ti sou dependente…
Desde o simples respirar
das curvas
do teu semblante
até ao luar que calas
na minha boca
sofregamente…

Encantam-me os minutos
em que os teus olhos mimam
a minha face sorridente…
É a meiguice
de estarmos juntos
quando as palavras já nem rimam
só os corpos conversam
lentamente…

Murmuras-me os sonhos
da tua imaginação na pele,
e eu prometo que os recomponho
na minha sede…
Salivo em êxtase no manto dos olhos
que me aconchegas
com beijos ternos
junto ao corpo…

És o meu delírio e a minha calma,
o meu companheiro
e o meu eterno conforto!

Rosa Alentejana
(imagem de mahseno.com )

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Manta de beijos


Há dias em que o sorriso
Provocado pela Alma doce
Me deixa a sonhar num Paraíso
Rendido, como se eu fosse
Uma nuvem de emoção
Presa ao céu do carinho,
Fascinado, no Limbo da imensidão
Da distância percorrida
Entre os sentidos proibidos
De nós dois…

E nesta tarde chuvosa,
Presságio de tristeza dolente,
Afasto as gotas impiedosas
Que escorrem pela janela e, finalmente,
Adormeço no abraço dos teus braços,
Embalada na manta de beijos
Com a qual me envolves em pedaços
De mel, de ternura, de meiguice que não vejo
Mas sinto, no sonho que invento
Por dentro do meu corpo inteiro
E dos quais me sustento
Inventando o teu cheiro!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

Fusão


E são parábolas
indecentes
vertidas
nas línguas safadas

em fascínios
em gemidos
semi…luas
dos sentidos

Lusco-fusco
em corpos móveis
e rendidos
no arranhar
no vai e vem
no roçar no embuste

calcanhar
ombro
cintura
em turbilhão
perfume almíscar
olhar ternura
e açafrão

sede molhada
em vulcão
caldeira extravasada
em magma
de perdição!

Rosa Alentejana

(imagem da net)

sábado, 4 de janeiro de 2014

Beijo

Beijo

Vem provar na boca o cheiro
que tem a esteva na pele
que eu escondo
do dia de chuva
e leva um suspiro inteiro
onde a brisa sussurra
o sabor a uva
que aquece e incendeia
o prazer incomum
do desejo devasso
encandeando o teu mundo
em espirais de consolo
derretendo ferro e aço
das tuas presunções
por um beijo somente
brilhante na mente
demente do teu olhar!


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Instante


Procuro o instante que me escorre por entre os dedos, feitos de ampulheta, em carne-viva.
E a sede, sôfrega, sabe-me a alfinetes incrustados no olhar…
Percorre-me em passos lentos, de botas cardadas, o silêncio da saudade…
Só quero a calma, como recado da Alma, entregue pelo carteiro, num tempo de pombos-correio, sem hora para aparecer!
Aguardo e baixo a guarda, despida de uniforme, no sinal intermitente e disforme, como quem chora, pela mão do instante em que quero acordar!

Rosa Alentejana
(imagem de pequenaponta.blogspot.com)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Vinho da vida


Verte o vinho da vida
no cálice lacrimejante do dia
transparente desde que nasce
até ao ocaso dessa magia
Cada gota contém um aroma
que deves saborear incessantemente
devagar, sem alarde…simplesmente

Ficar é brio? Porque não?
Se, por vezes, é duro despertar
e perder as asas e a paixão…
E não tens vontade de olhar
para o espelho embaciado…

Mas aromas existem bem doces
que te elevam o espírito
deixando-te encantado
como se nas nuvens flutuasses!

Todos eles fazem parte
do entrançado de acontecimentos
a que chamamos de arte
da vida que deves beber
sem medo ou constrangimentos

Rosa Alentejana

(imagem da net)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Do casulo do ano anterior


Solta-se um bando de borboletas da minha boca, de cada vez que os verbos fazem casulo no meu olhar, e são voos de letras inquietas, coloridas, num suave recitar…
Pousam-me nas faces as vogais abertas ao novo ano, com asas multicores, num carinhoso versejar… e nas maçãs largam o pólen entrançado nas vagas ardentes da panóplia de tons das consoantes a pairar…
São meus cabelos os caules viçosos das flores que pretendo partilhar, e os elos entrelaçados com o mundo do amor que a minha boca pretende experimentar!
E sinto o orvalho colado aos ramos, com sabor a erva acabada de cortar, na pontuação de que cubro os parágrafos de cores berrantes!
São joaninhas risonhas que me acariciam as mãos num suave despertar, por terem perdido o rumo no ano que acaba de terminar!
Lambo os dedos de mel vertido nos zumbidos das abelhas…rainha me sinto da face romântica da lua…grávida de poemas na voz do alfabeto da sorte que me…apazigua!

Rosa Alentejana
(imagem de « La page du Bonheur & Joie de vivre !.•ƹ̵̡ӝ̵̨̄ʒ » | Facebook)