Tiveste a sorte nua da lesma
subindo pelo musgo
da parede branca
a casa está em ruínas
o mato verde
toma conta do quintal
e a mesma pele sonha
com um raio de sol
beijando o azul e o areal
as estrelas orvalham a noite
e tu, sedenta e húmida
mareias os verbos
numa poesia que entorta
a língua, num passeio
profundo ao fundo do mar
de beijos inesquecíveis
pingando todo um oceano
lentamente, lentamente
como se o mundo esperasse
o amor feito de casca
ou de casulo, a borboleta ideal…
capaz de aconchegar um poema
uma redondilha maior
num pedaço de raiz que conforta
e sonha, sonha ser real!
Rosa Alentejana Felisbela
01/06/2018
(imagem da net)

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