quinta-feira, 7 de junho de 2018

Desculpem-me...

Desculpem-me aqueles que esperavam poesia, mas quebrei todas as palavras quando as atirei de encontro ao muro. Vingou-se o musgo, pé ante pé, mordendo baixinho os cacos e o caos profundo dentro de mim. Hoje sou mulher de exibir na dança das urtigas. Os meus olhos envelhecem na cor das papoilas, mas o meu corpo é hera subindo esse muro, querendo a luz. Que a tarde se ponha por trás e nunca anoiteça no nosso semelhante. Até logo.
Rosa Alentejana Felisbela

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