domingo, 10 de junho de 2018

Português


És o meu “mar português”
que me mergulha
nas ondas de prazer
da nossa nudez

Meu “vento lusitano”
que me afaga
e que me afoga de mudez
num galope bem humano

Tens na língua
a “última flor do Lácio”
que me cultiva e que me mata
do prefácio ao posfácio

de fartura
e de ternura
em cascata
na minha timidez

Cantas-me o “fado português”
ao ouvido, à beira da boca
na mente, já dormente
de insensatez

“Se fosses só três sílabas”
amava-te para sempre
na doçura permanente
da languidez:

a-bis-mo meu
meu manso herói
afortunado de erotismo
cobiçado p’las marés…

Por ti percorro
de norte a sul
todo um país encantado
de lés a lés…

Rosa Alentejana Felisbela
10/06/2018

Expressões entre aspas de: Camões, Alexandre O'Neill, Miguel Torga, Olavo Bilac e José Régio

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