És o meu “mar português”
que me mergulha
nas ondas de prazer
da nossa nudez
Meu “vento lusitano”
que me afaga
e que me afoga de mudez
num galope bem humano
Tens na língua
a “última flor do Lácio”
que me cultiva e que me mata
do prefácio ao posfácio
de fartura
e de ternura
em cascata
na minha timidez
Cantas-me o “fado português”
ao ouvido, à beira da boca
na mente, já dormente
de insensatez
“Se fosses só três sílabas”
amava-te para sempre
na doçura permanente
da languidez:
a-bis-mo meu
meu manso herói
afortunado de erotismo
cobiçado p’las marés…
Por ti percorro
de norte a sul
todo um país encantado
de lés a lés…
Rosa Alentejana Felisbela
10/06/2018
Expressões entre aspas de: Camões, Alexandre O'Neill, Miguel Torga, Olavo Bilac e José Régio

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