quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Vento meu!


Amanheceu num preâmbulo entre a borrasca e a cor plúmbea dos gatos bravios, e nos fios elétricos, nus de pássaros à hora em que acorda a madrugada, apenas vislumbro lágrimas que balançam ao sabor da ventania…
Contou-me o assobio timbrado a agoiro do vento, que o teu olhar ficou fechado nas vidraças encerradas pelo frio…mas disseram-me os uivos tenebrosos que são meus os teus pensamentos!
Podem ser barulhentas as bátegas do dia nos telhados, mas são solarengas as prosas em rima que escalam as nuvens carregadas…e, num suspiro, considero este vento que me invade e se instala sem pedir licença…meu!
Rosa Alentejana

(imagem de najanelablog.wordpress.com )

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