Sinto as lágrimas na voz embargada pela tua ausência
Porque mais uma noite passa sem os teus amparos
Sinto a mesma chama a percorrer a minha carência
E o mesmo grito contido no vazio dos gestos pensados
Sinto a vontade de ter para mim os teus sorrisos
A luz que me ampara na sombra do meu Mundo
Sinto ainda aqueles doces e ternos suspiros
Que nunca me entregaste sequer um segundo
Sinto a verdade escorrer entre os meus dedos
Vertendo nas entranhas da minh`Alma em fúria
Nas palavras que contaminam os meus medos
Proibindo o pecado que sonhei com luxúria
Sinto a impossibilidade de ter uma alegria
Expressiva, doce e ousada na minha mão
Porque me alimento da Angústia agarrada à energia
Que carrego nas costas da submissão
E, num acesso de Loucura vingadora
Arranco as algemas que me prendem à Razão
Saio para a chuva, bafo de luz, redentora
Agarro nas palavras e detono o meu Vulcão!
Chuva ácida purifica o meu corpo imerso
Em verdades que fechava a sete chaves
Raiva e ódio desaparecem do meu Universo
Surge o sol, e no céu azul surge um bando de aves…
Rosa Alentejana
(imagem de beijodesal.blogspot.com )

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