Faz do livro das minhas memórias
A tua doce, terna e quente morada
Sendo o Herói alado das histórias
De que me alimento, desesperada!
Faz da minha alienada alegria indecisa
Uma explosão tal como a do louco Vesúvio
Regando a minha veste de Sacerdotisa
Num inundar fantástico, qual Dilúvio…
Já me sobram as lembranças aparentes
De lava quente em meu corpo desnudo
Oferto-as aos meus devaneios ardentes
Onde o meu desejo se esconde…mudo!
Como Rainha e ímpia Sacerdotisa,
Caminho no mar de lava incandescente…
Meus passos leves como a suave brisa,
Aguardando o Sacrifício consciente…
Porque tu, meu Herói imaginário e destemido
Coroas o Vulcão adormecido e solitário
Das histórias do desejo prometido
Onde ergo o meu mais belo Santuário!
(imagem retirada de dolcemylly.wordpress.com)

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