domingo, 11 de agosto de 2013

Tempo ignoto


É o teu jeito de me encantar
Que me canta melodias de vento
Sopra-me beijos de mel e mar
Afasta-me a tristeza e o lamento…
Entrega-me os sonhos molhados
De delícias e tantas procuras
Removendo grilhões e armaduras…
Ó ignóbil noção do tempo ardente!
Que me afaga em dias de solidão
quando te ausentas impiedosamente
deixando livre este meu coração…
E nesse templo da tua voz desconhecida,
que me atormenta e conhece tão bem,
que me sonhas e me tornas comovida,
na febre de desejos que me contém,
confesso: quero-te tanto e tanto
que nem tempo existe no contratempo
de não te ter…pois na esperança do quebranto
em que vivo…sonho a saudade de um dia te ver!

(Imagem retirada de erosdolcepassion.altervista.org)

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