Embriagas os meus dias nesse mosto perfeito
do doce algodão de que é feito o nosso leito...
e essas delícias que guardas na tua boca
néctar divino do céu onde a língua toca,
percorre-me o mar inteiro, perdido, sem fim
das volúpias safadas quando prendes em mim
esse olhar penetrante que só tu sabes fazer,
ambrósia dos deuses que, para sempre, quero ter!
Afasta-me o véu de pura seda que me enfeita,
confunde-me as sílabas com a tua prosa perfeita.
E na brisa suave do entardecer, verte o teu vinho
na boca do meu ser, e transborda-me de carinho
porque, amor, és tudo o que quero
nesta doce embriaguez do teu olhar que venero!
(imagem retirada de juancarlosvaldes.altervista.org)

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