quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poesia por nascer


Neste dedilhar pleno de malícia caduca,
nos versos ensonados do dia,
liberto as mágoas encarquilhadas
dos vícios
e pouso um beijo na tua nuca
poesia…

Fustigada pela maresia em sonetos
procuro o manto da lua
para me abraçar
em estrelas de quebranto
e render-me à ousadia
onde mergulho
por te querer tanto
e ser apenas…tua!

E sempre me quedo nas reticências
numa dolência constrangida,
marcada a ferros por pontos
numa letra arredia e, por vezes,
foragida…

Sinto-me romance tosco,
por escrever,
entre vírgulas soltas, perdidas,
em frases rabiscadas
de relance
num ato de amor
ainda por nascer!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

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