Acendes-me o brilho
a cada palavra na pele,
na boca, no rosto,
e cintilo no verso
que me impele
rumo ao teu porto
onde me recosto
entregue ao marear
que tanto gosto!
E vibro inteira,
num murmúrio salivante,
mergulhado na cegueira
do desejo extasiante
percorrendo os sentidos trôpegos,
numa paixão errante
a que me entrego e sou presa
e navego a cada instante!
E renasço brisa
em chama lenta
no meio desse mar
que me suaviza
e afasta a tormenta
da distância num vagar
próprio de quem espera
o momento único,
sem pressa,
próprio da quimera
no local idílico
de quem começa
sem receio de terminar…
Rosa Alentejana
(imagem da net)

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