quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Do casulo do ano anterior


Solta-se um bando de borboletas da minha boca, de cada vez que os verbos fazem casulo no meu olhar, e são voos de letras inquietas, coloridas, num suave recitar…
Pousam-me nas faces as vogais abertas ao novo ano, com asas multicores, num carinhoso versejar… e nas maçãs largam o pólen entrançado nas vagas ardentes da panóplia de tons das consoantes a pairar…
São meus cabelos os caules viçosos das flores que pretendo partilhar, e os elos entrelaçados com o mundo do amor que a minha boca pretende experimentar!
E sinto o orvalho colado aos ramos, com sabor a erva acabada de cortar, na pontuação de que cubro os parágrafos de cores berrantes!
São joaninhas risonhas que me acariciam as mãos num suave despertar, por terem perdido o rumo no ano que acaba de terminar!
Lambo os dedos de mel vertido nos zumbidos das abelhas…rainha me sinto da face romântica da lua…grávida de poemas na voz do alfabeto da sorte que me…apazigua!

Rosa Alentejana
(imagem de « La page du Bonheur & Joie de vivre !.•ƹ̵̡ӝ̵̨̄ʒ » | Facebook)

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