Encontraste-me ali…
Na esquina do teu ângulo de visão…
Tão perto da tua mão!
Seguiste o meu olhar
Que tentaste focar
Num zoom de distância
Com o desejo de te aproximar…
Sorri…
E dentro dessa exposição
De brilho e cor
Tentei deslizar…
Num arfar
Corou o meu rosto
Sem hipótese de nova resolução!
Aprofundaste a minha Alma
Tão cheia de solidão
Teimando em mudar
De ótica para melhor
Me alcançar!
E num impulso…num clic
Fez-se luz…
Disparou o flash do encanto
E no entanto…
O receio que seduz
Bailou-me nos olhos
A cirandar…
Restaram os silêncios
E jogos cromáticos
De cristal
Num tempo
Bifocal…
E nessa foto intemporal
Onde vagas
De bem e mal
Transbordam tantas vezes
O muro abissal…
Aguardo a tua objetiva
Que recolho
Envergonhada
Por ter as mãos
Cheias de nada!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

Sem comentários:
Enviar um comentário