segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Rei-mor



Jorram-me palavras da fonte
onde te ergo Rei-mor
do meu amado amor

meu

reino de cor rubi
a montante
de mim...

Desaguo-as na tua boca,
doca do desejo
em capicua,
sorte em margem
do meu corpo
de lua
contornado
pelo teu
prazer…

São enchentes de loucura
pungentes de gemidos
sufocados

de gritos
que não têm cura,
apenas
brandura
no tato
de tanto te entender

Pendem das mãos
inertes, cansadas
e felizes
cascatas de carícias

e acolho as palavras
que dizes

agora
tuas

no caos
do verbo
que recolho e visto
na hora...

Rosa Alentejana

(imagem da net)

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