sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Instante


Procuro o instante que me escorre por entre os dedos, feitos de ampulheta, em carne-viva.
E a sede, sôfrega, sabe-me a alfinetes incrustados no olhar…
Percorre-me em passos lentos, de botas cardadas, o silêncio da saudade…
Só quero a calma, como recado da Alma, entregue pelo carteiro, num tempo de pombos-correio, sem hora para aparecer!
Aguardo e baixo a guarda, despida de uniforme, no sinal intermitente e disforme, como quem chora, pela mão do instante em que quero acordar!

Rosa Alentejana
(imagem de pequenaponta.blogspot.com)

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