És o sopro da festa
alada, inquieta e adiada
que te resta
na soleira da porta,
e sem sequer sorrir,
não se importa
e fica alheada, absorta
na sordidez do tempo
sofrendo
no triste lamento
do vento norte
que gela a alma e a sorte
de quem desespera…
E de que te serve
escutar o silêncio
vibrando nas folhas
das árvores,
rangendo nas calhas
enferrujadas,
e nas mãos perdidas
nos “nadas”,
enroscadas no vazio
sem brio no que virá?
És a carícia que sobra
num sopro inóspito e salgado
escondido no prazer adiado
que soluça sem querer…
Porque a míngua
não pode respirar
do fundo do poço quebrantado
pois, a queda a pique
é grito azarado
que não podes mais…
evitar!
Rasga este dia…
folha seca, e há muito,
amarrotada
de fantasia
por nascer…
Abre a janela
e deixa entrar…
o que vier
terá o poder de te…
mudar!
Rosa Alentejana
(imagem da net)

Amiga Rosa tudo bem?
ResponderEliminarAcompanho as tuas obras lindas no face mas hoje vim fazer uma visita e gostei muito de mais este lindo poema!!!
beijo e bom fim de semana
anacosta
Olá Ana!
EliminarQue bom tê-la por aqui! :D
Raramente recebo um comentário no blog...fico feliz que tenha gostado e que o tenha dito!
Beijinho e volte sempre que lhe apetecer!