sábado, 21 de maio de 2016
Roca
Já não renasço
como outrora
em cada passagem do tempo
(adormeci o esquecimento)
Agora só remendo
os ciclos das estações
de mais um ano,
fio a fio,
na linha pobre e fraca
de cada entardecer
Já nem costuro
a tristeza às lágrimas,
nem bordo
o coração com ternuras
(tecido antigo da paixão passageira)
O ponto sem linha
foi colocado
nas cores que o fim merece
(beijo perdido no encanto que não há)
E eu sou pano cru
desbotado
de saudade
refugiada num mínimo dedal de amor
(um nó que evaporou no vazio)
E a minha sorte
fica na ponta da agulha
que fere
e sangra as agruras,
no balanço
da roca
que roda de dor.
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Nem antes nem depois,
ResponderEliminarjá não renasce como outrora
os seus lindos são dois
depois do romper da bela aurora
vêem no horizonte o sol nascer
para a terra e tudo sobre ela iluminar
até no ocaso ao fim do dia desaparecer!
Muito obrigada amigo Edmundo! Noite serena :)
ResponderEliminar