Clama o nome
no manuscrito envelhecido
das palavras.
Jamais se concluiu
o anagrama silencioso
dos versos encrespados
à beira dos lábios!
Nunca mordeu o fel
da sua própria prosódia,
mas ainda escuta
a pronúncia dos verbos frenéticos
da loucura
nos poros.
Gosta da morfologia
que adquirem as sílabas
murmuradas paulatinamente
ao ouvido,
quando se incorporam
na líbido do palato.
Mas, o tempo é o términus
da verdade compactada
navegando à bolina
numa frase por escrever.
Porque não rasga o paradigma
e cruza o portal do sonho?
Nem que seja para morrer
da síncope da consoante
cravada no coração
que continua a bater…
Talvez o sorriso nasça
na proa das ondas vocálicas
do olhar
e a sonoridade renasça
pela mão da ironia…
num discurso
onde a voz ativa
seja a luz de um novo dia.
Rosa Alentejana Felisbela

Já foi há tanto tempo,
ResponderEliminarque tudo isso aconteceu
foi um grito de tormento
quando a terra estremeceu.
Foi a Rosa que as escreveu
essas tão acertadas palavras
de uma roseira ela nasceu
com as pétalas perfumadas!