Já não renasço
como outrora
em cada passagem do tempo
(adormeci o esquecimento)
Agora só remendo
os ciclos das estações
de mais um ano,
fio a fio,
na linha pobre e fraca
de cada entardecer
Já nem costuro
a tristeza às lágrimas,
nem bordo
o coração com ternuras
(tecido antigo da paixão passageira)
O ponto sem linha
foi colocado
nas cores que o fim merece
(beijo perdido no encanto que não há)
E eu sou pano cru
desbotado
de saudade
refugiada num mínimo dedal de amor
(um nó que evaporou no vazio)
E a minha sorte
fica na ponta da agulha
que fere
e sangra as agruras,
no balanço
da roca
que roda de dor.
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

Nem antes nem depois,
ResponderEliminarjá não renasce como outrora
os seus lindos são dois
depois do romper da bela aurora
vêem no horizonte o sol nascer
para a terra e tudo sobre ela iluminar
até no ocaso ao fim do dia desaparecer!
Muito obrigada amigo Edmundo! Noite serena :)
ResponderEliminar