Anda, vem ver o sorriso triste
cavado no barro das margens deste rio de nenhures
O rosto é esculpido na lama profunda
que os seixos abandonaram
Anda, vem ver os olhos nublados
de mágoas, onde as nuvens largaram as demoras
gota a gota, como quem chora
Anda, vem ver as faces turvas de torturas
como lutas cegas das águas com as raízes das árvores
onde cada golpe é força que se escapa à tempestade
Anda, vem ver o vazio deixado no lugar do coração
que o frenesim do ninho extinguiu-se nesse meandro
sem asas da imensa solidão
Anda, vem debruçar-te sobre a ventania dos cabelos
que cada erva é vã na nostalgia dos regatos tontos
na verve da agonia por não compreendê-los
Anda, devolve as mãos quentes da epifania do sonho
onde as margens delineadas se expõem
como se o grito se quedasse no eco em constante fenecer
Vive, ou deixa viver!
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

Você está chamando,
ResponderEliminareu vou mas devagarinho
para ver no céu voando
e ouvir cantar o passarinho.
Alegre quero ver,
não triste o seu sorriso
os seus belos poemas gostei de ler
no que você bem escreve acredito!
Boa tarde menina Rosa, um abraço.
Eduardo.