quarta-feira, 18 de maio de 2016

Miradouro


Passam-me estradas
do lado plano da visão,
como se um miradouro
se apossasse das minhas vertigens
de poeira só.

Evito a borrasca do declínio antecipado,
embora algumas esperanças
se elevem com a neblina.

Celebro o corrimão de madeira nova,
talhado a tempo de voltares
e inspiro o perfume a luz e a mar,
um sopro de verão na deriva
do continente do meu corpo.

Seguro a gaivota d’ouro desse olhar
de menino de mel e,
uma vez mais,
embrenho os dedos nos degraus
dos acordes das ondas…

melodia abençoada nas minhas entrelinhas.

Nada perco no espaço periférico,
sempre que alcanço o abraço de nós,
um mundo de amar!

Rosa Alentejana Felisbela

1 comentário:

  1. Não sei como comentar,
    uma Rosa no miradouro
    o jardim é o seu lugar
    esse lugar maravilhoso
    não consigo identificar!

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