segunda-feira, 9 de maio de 2016

Estrelas cadentes ou sombras


Por favor, silencia essa luz que trespassa
palmo a palmo, do corpo à alma madura
e não me quebres a solidez da armadura
se não trouxeres a música que não passa

se não desfizeres o nó, o feitiço que enlaça
cada poema…Como saberei dessa procura
presente nos astros dessa tão longa lonjura
se cada estrela não marca o sinal que traça

numa constelação definitiva, numa lua aluada
ou numa qualquer via láctea, ou na estrada
submersa por tantos tormentos, tantos ventos

enquanto se juntam, de novo, os elementos
trazendo-nos o alento da sorte esboçada
em cada palavra anelada, amarrada…rimada

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

2 comentários:

  1. Na planície do Alentejo nascem belas palavras, sem dúvida.

    Tudo de bom

    ResponderEliminar