segunda-feira, 2 de maio de 2016

Agressão


Já não tenho a metáfora
mareada
no meu mar de ilusão
que pulsa

Já não me cala o espanto
na prosa
verbalizada
que vende a vontade avulsa

Golpe de sorte nas águas
que correm
solitárias
entre a gente que recusa

outro golpe na alma aberta
à maldade
à incoerência
que causa repulsa

Somos fogos acesos
ao vento
e basta uma brisa
mais forte, difusa

para apagarmos o sonho
e morreremos
na agonia
de uma sorte perdida
e reclusa

Por isso, não quero
a indiferença
prefiro a rebelião,
mais vale quase nada
do que a eterna solidão!

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

2 comentários: