Hoje carreguei o sossego
do silêncio que não desarma
carreguei a melodia da melancolia
na nuvem carregada de chumbo
e carreguei todas as gotas
que brotaram do infinito mundo
hoje nasci grito de chuva
na verticalidade do momento
e sorri tristezas
como quem lambe os dedos
na febre das ausências
hoje abracei o vento
num carinhoso rosto
de saudade
hoje bebi chávenas e chávenas
de indiferença
mas nada bastou para manter
o laço
da vivacidade
hoje morri mais um pouco nas mãos
do poema
apesar da impotência
e do timbre comum
da intimidade.
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

Que hoje carregado de experiências! Mas a mais bela delas é a poética.
ResponderEliminarBeijo, amiga*
Há dias assim Renata rsrs
EliminarBeijinho amiga! Obrigada!!
Fernando Pessoa dizia que "A inspiração poética é um delírio equilibrado, mas sempre um delírio".
ResponderEliminarNão sei se é ou não verdade, mas que escreves poemas fantásticos lá isso escreves!
Um beijo!
Acho que, na maioria das vezes, é delírio! rs
EliminarMuito obrigada Jorge. Beijinho