Quando a distância era de somenos importância
Havia os grafemas e fonemas em ligações nuas
Em paletas de poemas sobre as pedras das ruas
Formando arco-íris belos de flores em abundância
Depois vieram as sombras concomitantes da ansia
Escurecendo os segredos guardados pelas luas
Trazendo tristezas mergulhadas nas amarguras
Saboreadas com o fel na textura dessa ganância
Que encobre os gestos numa tosca mentira impune
Cravada em alguns versos soltos e algo debilitantes
Escritos nas margens das folhas do negro negrume
Como pérolas lindas e talvez até mesmo luxuriantes
Mas também imperfeitas tal como um extinto lume
Em cinzas vagando como lamentos, toscos meliantes!
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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