Ainda há pouco se abriu abril
ao beijo de boca cheia
da chuva de alegria
e já o sabor se foi
perdido na poesia
do favo de uma colmeia
E o abraço que abriu abril
à ausência de espaço entre nós
não foi verso,
nem foi fado
foi poema aguardado
pela saudade feroz
E os sonhos que abril abriu
aos nossos dedos enlaçados
não foi gesto na gesta
foi cantiga de amor
na festa
bucólica dos nossos pecados
E enquanto abril abrir
a flor do silêncio primeiro
brotarão corolas coroando
a cópula do amor verdadeiro
germinando
auroras, lírios e embondeiros
E serão tantas as carícias
carinhosas e carmins
que florirão mil e um jardins
de par em par
sempre que abril abrir
um pouco de ti e de mim
no júbilo do nosso olhar!
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

Que belíssimo poema de amor...
ResponderEliminarObrigada Jorge :)
EliminarTalvez seja um bocadinho lamechas, mas tenho dias assim!rs
Todos somos um pouco lamechas. E depois? Não há que ter vergonha de assumir. A lamechice nunca fez mal a ninguém!
EliminarPois não...eu assumo: publico!rsrs
EliminarPara quem só queria prosa, você fez um belíssimo poema, cheio de artimanhas - recursos da língua - que nem preciso nomear porque vc sabe.
ResponderEliminarLindo demais. Quero que vc leia o soneto que publiquei ontem. Apareça.
Beijo*
Pois...inconstâncias de quem escreve por hobby! rsrs
EliminarJá li o soneto e achei magnífico! Obrigada!
Estou a adorar a partilha :D
Beijo
Vc comentou o soneto do Cruz e Souza e não o meu que está no outro blog.
ResponderEliminarQuem me dera! Mas valeu!
Beijo e boa noite*
Tchiiiii...amiga diz-me em qual deles, pois tens vários.
EliminarNaquele havia um soneto...achei que te referias a esse!
Beijo e boa noite :)
Já publiquei outro poema no Eu e daí?, blog que vc segue. Eu me enchi do soneto.
ResponderEliminarBeijo e boa noite*
Adorei ler-te Renata!!!
ResponderEliminarJá deixei uns comentários <3
Beijinho e obrigada!