Ainda a terra sussurra dores na enxurrada
Desta vida arada por tormentos turbulentos
Magoada pela chuva, p’lo frio e p’los ventos
Já palavras voam do ventre em debandada
E vão pousar paulatinamente sobre um nada
Onde sobejam asas falsas em céus cinzentos
Mas nuvens brancas trazem novos ensinamentos
Aos ramos da árvore ainda agora desfolhada
E a primavera homenageia com a sua chegada
As marcas que se apagam aos poucos da mente
Dessa terra outrora rasgada e bastante saturada
E voltam flores coloridas à terra da mesma estrada
Humedecendo os versos perdidos inutilmente
Fazendo brotar o horizonte na escrita enamorada
Rosa Alentejana Felisbela
(foto minha)

Sem comentários:
Enviar um comentário