segunda-feira, 14 de março de 2016

Afagos da natureza


Perante o som confesso
da água cristalina a correr
fecho os olhos, adormeço
sinto sem realmente ver

Ouço o som dum avião
ao longe, num ronronar
e acho que é o coração
baixinho, a sussurrar

Ouço o melro e o pardal
uma cigarra e um grilo
certamente no matagal
que sinto e sei tranquilo

Ouço o vento na azinheira
apressado no seu passar
quero entrar na brincadeira
levantar-me e ir cantar

Mas os olhos ficam fechados
numa calma que não se apaga
quero os sonhos bem guardados
enquanto a natureza me afaga

Rosa Alentejana Felisbela

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