Eu sou o caminho aberto
pela enxada
de cada lembrança.
Enquanto emerjo flor selvagem,
à tua imagem e a ti semelhante,
surgem ervas daninhas
alimentando-se de cada pétala
numa voragem
impiedosa e repugnante...
Se não fosses sol e mel,
meu calor e alimento
jamais seria fruto certo
no verão que sempre invento!
E em cada caule que cresce
da seiva mágica do teu manto
escrevo palavras
no universo
de folhas caladas de espanto...
Pois
volto sempre à terra
num ciclo feito de esperança
caminho aberto pela enxada
abençoado pela lembrança!
Rosa Alentejana Felisbela
(foto minha)
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