sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pro(fundo) como o a(mar)


Água pura e tépida que lava a alma
com a doçura do chocolate
e acalma
e torna os versos em arte
na forma de cingir a cintura
e de beijar a nuca com malícia
e ternura que tudo cura!

Tivesse eu maneira de amar-te
na luz morna da madrugada
quando os pássaros
prenhes da cacofonia do dia
me lembram do quanto me sinto
Amada
e todos os sabores e cores
das frutas maduras dos teus lábios
encerrariam o som
do piano nas tuas mãos
numa melodia em tom
de fábula
que o coração…esse ladrão
de suspiros
levaria ao altar
desse proibido querer!

Ardem-me os sonhos
no lacrimejar do desejo
numa amálgama de beijos
ajustados à foz dos verbos
que tenho para te dizer
porque as marés sobem
em margens
e este mar
deixa-me sem pé!

Rosa Alentejana
23-05/2014
(imagem da net)

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