Que fazer se és
todos os céus
em que quero
naufragar?
És brisa
sou mar...
Sinto-me nuvem
no Orfeu do teu olhar
e desfaço-me
ambrósia
quando me vens acarinhar
sorriso do rosto
de velas erguidas
navegas-me ao luar
d’agosto
p’las estrelas
do oriente
perdidas
carícias na pele
na proa dos desejos
desaguamos no cais
de delícias
abalroados
por beijos
És brisa
marinha sem norte
nem praia
que num sopro de sorte
se eterniza
na renda da minha saia
porque sou mar
do teu porto de abrigo
feito vaga vagarosa
neste marear
ao sabor da tua brisa
de fantasia
nos versos
da tua prosa!
Rosa Alentejana
(imagem da net)
06/05/2014

Sem comentários:
Enviar um comentário