quarta-feira, 26 de março de 2014

Horizontes


Chovem-me horizontes
No olhar amoroso
Encaixado ao cuidado
Das tuas retinas
Meninas traquinas
Que brincam no ar
Respirar fogoso
Sempre que me vens ver!

Chovem-me horizontes
Na boca cobiçada
Dessa vontade intrincada
Que segredas nas letras
Escritas em gestos
Concretos
Nesse envelhecer
Dos dias!

Chovem-me horizontes
Na pele exausta da espera
Pelo palpitar imperioso
Amarado ao corpo,
Como se o langor
Desejoso
Se interpusesse
Como sombra
Entre o teu sol
e o meu frescor!

Chovem-me horizontes
No chocolate quente
Preso ao sabor
Que trazes nas mãos
E, como num sonho,
Pousas sobre o meu querer
“à la carte”…para me enlouquecer!

Chovem-me horizontes
E sobra-me este desejo
Delirante
Dobrado sobre o papel de seda
Vermelho,
Onde me revejo
Vezes sem conta,
No momento em que o céu
Toca o mar…de emoções
E prazer
Por te ter!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

Sem comentários:

Enviar um comentário