sexta-feira, 14 de março de 2014

Horas de querências


Plantei uma flor
no olhar das horas
em que demoras a chegar,
e em que a saudade devora
a retina no vigor de te amar…

Coloquei-as à luz do amor partilhado,
num mágico toque segredado,
nas pestanas no alvorecer…

Sombreei as ilusões
numa transparência mimada
de querências por dizer…

Pintei o horizonte com cores de desejos,
em tons firmes de beijos
corrompidos pelo vento…
em lamento por não te ver!

Vislumbrei pássaros
de asas coloridas
em voos de vagas
desenhadas no céu…

Senti o vazio do desespero
pleno de sol-pôr
no perfume que espero…

Quando, por fim,
me floriram os minutos
em pétalas de esperança,
guardei-as na lembrança,
para um dia…
poder colocar-te nas mãos
o tesouro bordado a ouro…
de tanto, mas tanto, te querer!

Rosa Alentejana

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