domingo, 9 de março de 2014

Sem sorte


Não me escondas o sonho,
abre-me a porta da alma
que eu segredo-te
na palma da mão
o perfume dos meus
ais…

Cheiram a desejos
e a beijos não consumados
na pele das manhãs
que querem
demais!

São passos
sem som
que escurecem
os dias
perdidos nos abraços
a caminhar
sem norte.

Sou corpo sem sorte
navegando à deriva
sem, sequer,
se importar…

Olho-te nos olhos
e sonho-te
pela porta entreaberta
segurando, com toda
a ternura, a tua alma
na palma da minha mão…

Sei que és um sonho,
mas ainda murmuro
o sabor a querer
no meu acordar!

Rosa Alentejana
(imagem da net)

Sem comentários:

Enviar um comentário