domingo, 29 de janeiro de 2017

Brando álibi


Quanta fome de justiça
comem os olhos e as mãos
quando te roubam a sorte
- omissa -
e a verdade sobeja
sem razão…

Quanta falta de amor
amarga nesse peito sozinho
sobra o medo e o terror
na ausência
de um carinho…

Perdeste o tempo de liberdade
perdeste a tua alegria
criança
és adulto sem mocidade
o que te fica na lembrança?

Um choro um grito uma falta
duas bocas a alimentar?

Quantos tiranos malditos
quantos muros a derrubar?

Que te ajude a humanidade
perdida no seu umbigo
-na sua própria orfandade-
brando álibi para te colocar
em perigo…

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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