quarta-feira, 11 de março de 2015
Imenso como o mar
Ouço-te por entre as ondas,
ao sabor do ruído
que faz o pensamento
a embater nos rochedos da vida.
Incapaz de distinguir se és tu a rocha
ou se sou eu a personificação
e do medo da mágoa que se espraia
sobre o meu entardecer
concedo-te o benefício da dúvida.
Recebo-te mar
nas minhas mãos em concha,
como água salgada
que purifica a alma.
E gosto-te maré agitada
ao encontro
das muralhas
do meu castelo.
E gosto-te vaga doce e serena
marejando
nas minhas entranhas.
E gosto-te mar alto e profundo
inundando o meu país
mais íntimo.
Emergiste-me sereia
em mar proibido.
E ergueste-me princesa
nos corais
espiralados
dos meus sonhos.
E agora, continuo amarando
ao largo da tua pele
que me cativa e mantém cativa
nesse imenso areal.
Rosa Alentejana
11/03/2015
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