Quando o tempo se esconde
nos ramos da hera que sobe
sem cessar
e as ruas ficam nuas de ti…
a algazarra das folhas
recolhe-se no último
suspiro do dia
antes da chuva chegar
e eu… vagueio perdido…
perdido
da brisa da tua pele
do perfume das tuas mãos
com a boca salivante
do teu beijo…
sou banco solitário na rua
órfão da tua sombra
mendigo da tua voz
tenho ganas de subir
ao último ramo e gritar,
gritar, gritar o teu nome
até que o frio queime
as minhas mãos
e eu caia sem forças
porque te sonho
porque te desejo
porque te escondo
no meu segredo
e cada palavra venera-te
e pertence-te como tatuagem
numa folha de papel
branca como a tua pele
de anjo
nesse corpo de menina
minha deusa Diana
caçadora do meu coração
malícia casta em tons de mulher
veste-me a tua força
para um dia..te ter!
Rosa Alentejana Felisbela
27/10/2015
(imagem da net)

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