sábado, 10 de outubro de 2015

Água


Estou consciente da chuva que cai serenamente
No meu chapéu negro, negro como a noite cega
Mas, são essas mesmas gotas sinónimas da rega
Que a vida necessita para brotar da sua semente

Aquela água que a tristeza encerra e até carrega
Também transporta o fruto farto na sua corrente
Ela mata a fome e a sede aos seres tão-somente
Enquanto o Homem, eterno descobridor, a navega

Já eu carrego as galochas vermelhas e lustrosas
Símbolo de alegria e divertimento contagiante
Pois adoro correr pelas ruas e saltar nas poças

Sou só criança pura no meu ritmo alucinante
Tão preso à pressa da certeza das mariposas
De quem vive a vida e devora cada instante!

Rosa Alentejana Felisbela
10/10/2015
(imagem da net)

Sem comentários:

Enviar um comentário