sábado, 28 de junho de 2014

Prometo-te um tempo


Empresta-me a azáfama dos teus dias
Empilhados em tarefas e obrigações
Esvazia os bolsos de tempo e fantasias
Sonhos impossíveis e atribulações!

Prometo que te oferto a paz desejada
Do meu corpo cálido e por ti vibrante;
Que te segredo delícias… rendida…
No arfar das horas em cada instante!

Prometo orar no segredo partilhado
A ladainha secreta dos eternos amantes,
Regando a mácula pele do teu Fado
Com doçuras abrasadas e hesitantes…

Dos beijos lascivos, sensuais e proibidos
Encaixados em concha nas mãos quentes
Enlaçados pelos lábios emocionados
Prometo suavizar a mordida dos dentes!

Prometo-te um restolhar de roupas perdidas
No chão com o teu perfume delicioso
Colado à derme insegura das franjas
Do meu cabelo num dia auspicioso!

Silencia o abraço no princípio do Sonho
Que sonharmos em tragos de vinho encorpado
Que a Alma se renda num sorriso risonho
Naquele Olhar eterno de Desejo enfeitiçado!

Perigosa nostalgia esta, que te prometo
Se apenas esvaziares os bolsos como te pedi
Mas do meu amor ameno e secreto
Sentirás o sabor indecente, ao qual me rendi!

Rosa Alentejana
1/12/2012
(imagem da net)

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