sexta-feira, 20 de junho de 2014

Porquê


Deslizaram-me os olhos para os lagos
de água salgada depostos a meus pés
e percorri todo o espaço de lés a lés
mas todos os lugares estavam vagos

plenos das palavras tristes que não lês
num silêncio de pensamentos escusos
num vagar de signos tortos e tortuosos
em lágrimas cálidas sem saber os porquês

de uma mágoa dolente que se perfila
sobre este corpo cansado de cada dia
que de negro se veste na redonda pupila

ostentando a vermelhidão que ardia
nessa ferida que sangra e que cintila
neste coração fraco e sem energia…

Rosa Alentejana
20/06/2014
(imagem da net)

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