segunda-feira, 30 de junho de 2014

A morte da natureza


Para onde foram todas aquelas cores
Grudadas à trincha daquele pobre pintor
Semimorto à beira do abismo doce d’amor
Despido dos cinzentos de outros autores?

Tartamudeia pelos chilreares voadores
Nos céus onde o ar era rei e senhor
Mas solitário fenece no asfixiante vapor
Dos escapes dos carros aos milhares

Porque todos se importam com o material
De que são feitas as tintas e vernizes
Com que se enfeitam e escondem o mal

Arreigado aos homens, parecendo felizes,
Quando a alma se evola ao som infernal
Da morte da natureza sem aceitar as raízes!?

Rosa Alentejana
28/06/2014
(imagem da net)

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