terça-feira, 30 de agosto de 2016

Porto – Torre dos Clérigos – 02 de agosto de 2016


Hoje o sabor subiu a pique
pela língua íngreme
de letras onde as vogais
abriam o som do sol

Hoje pressenti a solidão
que a subida pensava erma
na brevidade de um segundo
quando os degraus aluíam

Hoje marquei o X embevecido
porque a viela não podia
prever o toque das badaladas
do relógio imparável

Hoje resvalei no precipício
do sonho mais alto
que a cidade erguia
e não pude deixar o suspiro
sem saudade…

Rosa Alentejana Felisbela

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