sábado, 20 de agosto de 2016

Porto, 05 de agosto de 2016


Vim ver-te, meu amor
ver-te ao Cais da Ribeira
mas descobri que a tua vontade
não era estar à minha beira

Vim ver-te, meu amor
ver-te à Torre mais alta
mas os Clérigos confidenciaram-me
que eu não te fazia falta

Vim ver-te, meu amor
ver-te à Rua Passos Manuel
mas as pedras da calçada contaram-me
que não seria só meu o teu mel

Vim ver-te, meu amor
ver-te à Câmara Municipal
mas os Aliados disseram-me
que eu não era, para ti, a tal

Vim ver-te, meu amor
ver-te à Igreja das Carmelitas
mas as beatas transmitiram-me
que havia amores bem mais catitas

Vim ver-te, meu amor
ver-te ao jardim do Palácio de Cristal
mas as árvores lembraram-me
que eu, para ti, não era especial

Vim ver-te, meu amor
ver-te ao belo rio Douro
mas os meus suspiros quebraram-se
e eu, livre, aguardei O amor sincero
e mais duradouro.

Rosa Alentejana Felisbela

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