quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Porto, 01 de agosto de 2016


Quisera eu guardar-te
nas entrelinhas
deste caminho de ferro
que percorro
numa estrofe
que a pedra assinalou

Quisera eu guardar-te
entre as metáforas matreiras
desta brisa que sopra
do lado do Douro
e que pressinto
como poema
que o ar destilou

Quisera eu guardar-te
entre a sinonímia do rugir das ondas
neste rabelo moldado de madeira
que o machado esculpiu
ao entardecer

Arrebol bendito
mostra o sorriso infinito
no mosto do meu paladar
segredando-me versos
que o esquecimento
sempre irá lembrar!

Rosa Alentejana Felisbela

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