sábado, 11 de junho de 2016

A noiva


Naquele tempo havia o ébano contraste
com a colcha branca da manhã
e um terno sorriso nos olhos luzentes,
enquanto as faces rosadas eram a dádiva
ofertada a meia voz
(com o silêncio que o bom dia despertava)
e o único quadro sobre a cama emergia
envergonhado ainda pela noite virgem
desflorada a pano cru e flor-de-laranjeira
e erguia-se o véu na cadeira já gasta,
coroando a graça
de ser (tua) mulher!

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

1 comentário:

  1. Lindo poema dedicado à bela noiva,
    menina Rosa, poetisa apaixonada, escreveu
    na cama com a noite virgem na branca colcha
    a mais bela prenda que o noivo recebeu!

    ResponderEliminar