quinta-feira, 16 de junho de 2016

Marinheiro


Ergo em nuvens perfume a incenso
Escondido naquela solitária madeira
Do tal albergue prazenteiro na beira
Da praia dourada desse mar imenso

E lanço sinais na palavra verdadeira
Para teus olhos, mergulho suspenso
Num amor proibido, de odor intenso
Embriagante qual gesto a vida inteira

Inclino meus lábios em beijos morrentes
Para uma silhueta bailando nas ondas
Tão longe dos abraços que já não sentes

Miragem do marinheiro em luas redondas
Acenando o adeus em frases decrescentes
Veleiro da ausência na história que contas

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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